Os profissionais nas UPASde Caucaia foram capacitados para agir com condutas padronizadas que garantem rapidez no diagnóstico
As UPAS de Caucaia passaram a adotar o Protocolo de Sepse para reconhecer e tratar com agilidade pacientes com infecção generalizada. As equipes de profissionais das unidades foram capacitadas para colocar em práticas novas condutas e reduzir índices de mortalidade por infecção generalizada.
A sepse, conhecida como infecção generalizada, é uma das doenças que apresenta alta taxa de mortalidade e pode ser desenvolvida por qualquer tipo de infeção. De acordo com o médico, Roberto Mendes, diretor técnico da UPA do Centro, uma simples crise de garganta pode evoluir para um quadro de septicemia. "É uma doença infecciosa que se alastra por todo o organismo. Pode surgir de qualquer tipo de infecção como de garganta, pulmão, de pele, urinária e outros. Esta infecção gera um processo inflamatório que pode afetar outros órgãos e desta forma colocar em risco a vida do paciente. A identificação precoce dos sinais e sintomas da sepse é determinante para reduzir riscos de mortalidade", disse.
Os profissionais nas UPASde Caucaia, administradas pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), foram capacitados para agir com condutas padronizadas que garantem rapidez no diagnóstico e focam no rastreamento da infecção. "Ao identificar um paciente suspeito para sepse, como por exemplo, reconhecendo os sinais clínicos: febre, aumento da frequência cardíaca e diminuição da pressão arterial, a conduta seguinte é realizar os exames laboratoriais para analisar o estado geral de saúde do paciente e confirmar a suspeita. Os estudos mostram que com a identificação precoce e o início rápido do tratamento é possível reduzir os índices de mortalidade, por isso nas UPAS é muito importante já começar o tratamento com a antibioticoterapia", explica Roberto Mendes.
A implantação de protocolo na assistência é uma das condutas que fazem parte das diretrizes de atendimento do INTS para oferecer atendimento baseado em evidências científicas atualizadas. "Padronizar a assistência é garantir que o colaborador mais experiente e o menos experiente executarão a mesma intervenção buscando garantir o melhor plano terapêutico. Dessa forma, temos maior efetividade e eficiência no atendimento", destaca Murilo Marques, diretor-médico do INTS.
Sepse no Brasil
Um levantamento da Organização Mundial da Saúde, apontou que anualmente cerca de 11 milhões de pessoas morrem vítimas de sepse no mundo. O Brasil tem uma das maiores taxas de mortalidade, com aproximadamente 240 mil pessoas anualmente.